domingo, 7 de maio de 2017

LENDO O ENUNCIADO

MATEMÁTICA

Interpretação do enunciado é a 'chave' da resposta


      A primeira dica que eu gostaria de ressaltar é sobre a leitura da questão de matemática. Muitos alunos começam a ler a questão e, sem terminar de ler todo o enunciado, acham que já sabem o que o problema está pedindo e saem fazendo as contas. Mas, na verdade, não sabem realmente qual a pergunta do problema. Isso é muito ruim, pois em muitos problemas a pergunta está justamente no finalzinho do enunciado. Eu vou dar um exemplo: imaginem a seguinte questão - resolvendo a equação 3x = 12... Aí o aluno pára e fala: 3x = 12 eu sei; então x é 12 dividido por 3; então x é 4. Aí ele bate o olho na alternativa A : está escrito 4 na solução. Então, ele fala, "ah, acertei", então ele vai lá e marca. Só que olha como era o enunciado: resolvendo a equação 3x=12, então o valor de X ao quadrado é... Com esse exemplo, você vê que uma questão muito fácil pode ser jogada fora por causa de uma má leitura do enunciado. O que eu aconselho para você é o seguinte: faça uma primeira leitura do enunciado para você se familiarizar com o problema; é preciso que você compreenda o problema. Numa segunda leitura, analise os dados e a pergunta do problema; você precisa encontrar a conexão entre os dados e a incógnita. Encontrada essa conexão.
    Em toda prova, existem questões fáceis, médias e difíceis. Ao começar resolver a prova, encare as questões como um jogo de pega-varetas. Resolva primeiro as questões que você achar que são fáceis, só para depois você fazer as médias e só depois de tudo isso encarar as difíceis. Se ao ler uma questão e perceber que você sabe sobre o assunto pedido naquele problema, mas naquele momento você não se lembra de um pequeno detalhe ou de uma formulazinha para poder solucionar o problema, pule para a próxima. Só volte para essa questão depois de ter lido as restantes e resolvido aquelas que apresentam soluções bem simples.
     Nunca fique muito tempo em uma única questão. Quando você perde muito tempo em uma questão, além de ficar nervoso, você joga fora a possibilidade de estar resolvendo questões mais fáceis, ou seja, está jogando fora a possibilidade de somar mais alguns pontinhos.
     Existem alguns assuntos de matemática que são muito cobrados em praticamente todos os concursos, os quais muito provavelmente irão aparecer em sua prova. Eu vou listar esses assuntos:

  • - porcentagem;
    - semelhança de triângulos;
    - teorema de Pitágoras;
    - área de figuras planas;
    - Polinômios;
    - equação do 1º e 2º grau
    - equações de reta e de circunferência;

    Analisando as últimas provas, percebemos que a tendência dos concursos é cobrar o raciocínio lógico do aluno e não a simples "decoreba" de fórmulas, ou grandes cálculos algébricos para conferir se a gente sabe ou não fazer contas. Os examinadores estão preocupados em analisar se você sabe ou não interpretar o texto, analisar os dados, fazer interligações entre assuntos e disciplinas e, a partir dessa interligação e dessa análise de texto, encontrar alguma sequência lógica para solucionar o problema. Se ao resolver um exercício você se deparar com contas imensas, números extremamente grandes, desconfie: o caminho que você está seguindo não é o correto ou deve existir um caminho mais fácil e menos trabalhoso para solucionar o exercício.

  • Ainda dentro dessa dica, quero falar sobre questões que apresentam enunciados muito longos, daquelas que você já olha e fica assustado - "isso aqui não sei". Geralmente, nesse tipo de questão, quando o aluno chega ao fim da leitura do enunciado, já se esqueceu o que dizia o começo do problema: aí fica nervoso e acaba considerando a questão difícil. Tome muito cuidado: quando os enunciados são cumpridos, nem sempre a questão é muito difícil. Nesse tipo de questão, o examinador costuma apresentar uma receita, tipo uma receita de bolo. O que você deve fazer então ? Com calma, leia novamente o texto, interprete o problema em si e siga os passos da receita apresentada. Com certeza, você chegará à solução.
     
  • ERROS DE PORTUGUÊS

    ERROS E VARIAÇÕES

    1. Menas ou Menos?
    “Menas” não existe.
    Mesmo referindo-se a palavras femininas, use sempre menos.

    2. Zero graus ou zero grau?
    Zero está no singular, portanto, o substantivo grau deve acompanhá-lo na flexão.
    O correto é: Zero grau.

    3. Quatorze ou catorze?
    Você pode ficar à vontade para usar qualquer uma das formas, visto que ambas estão corretas.

    4. Seje ou seja? Esteje ou esteja?
    Esqueça o seje e o esteje. Essas palavras são usadas de forma errada na expressão oral.
    Seja e esteja são as opções corretas.

    5. Troféis ou troféus?
    Lembre-se: a terminação “éis” deve ser empregada apenas nas palavras terminadas em “el”, como papel, pastel, tonel, entre outras.
    Sendo assim, as palavras terminadas em “éu”, quando flexionadas no plural, devem levar a terminação “éus”.
    Portanto, o correto nesse caso é troféus, chapéus, céus, etc.

    6. Ela quiz ou ela quis?
    Assim como toda a conjugação do verbo querer (quiseram, quiseste, quisera, etc.), a palavra quis deve ser escrita com 's'.
    O correto, então, é ela quis.

    7. Quite ou quites?
    “Quite” deve concordar com o substantivo a que se refere.
    Se for no singular, podemos dizer que “o contribuinte está quite com a Receita Federal”, por exemplo.
    Já no plural, “os contribuintes estão quites com a Receita”.

    8. Media ou medeia?
    Há quatro verbos irregulares com final “iar”, são eles mediar, ansiar, incendiar e odiar.
    Todos se conjugam como “odiar”, portanto, o correto é medeio, anseio, incendeio e odeio.
    Exemplo: Ele sempre medeia os debates.

    9. Ao meu ver ou a meu ver?
    “Ao meu ver” não existe. O correto é “a meu ver”.
    Exemplo: A meu ver, o evento foi um sucesso.

    10. A ou há
    Para indicar tempo passado, usa-se o verbo haver.
    Exemplo: “Atuo no setor de controladoria há 15 anos”.
    O a, como expressão de tempo, é usado para indicar futuro ou distância.
    Exemplo: Falarei com o diretor daqui a cinco dias, ou, ele mora a duas horas do escritório”.

    11. Retificar ou ratificar
    Retificar refere-se ao ato de corrigir, emendar.
    Exemplo: Vou retificar os dados da empresa.
    Ratificar significa confirmar, comprovar.
    Exemplo: Estávamos corretos. Os fatos ratificaram nossas previsões.

    12. Tem ou têm?
    Tem refere-se à 3ª pessoa do singular do verbo “ter” no Presente do Indicativo.
    Exemplo: Ela tem uma casa na praia.
    Têm refere-se ao mesmo tempo verbal, porém na 3ª pessoa do plural.
    Exemplo: Elas têm uma casa na praia.

    13. Fim de semana ou final de semana?
    Fim é o contrário de início. Final é o contrário de inicial.
    O correto nesse caso é “Bom fim de semana”.

    14. A par ou ao par?
    No sentido de estar ciente, o correto é “a par”.
    Exemplo: Ele já está a par do ocorrido.
    Use “ao par” somente para equivalência cambial.
    Exemplo: Há muito tempo, o dólar e o real estiveram quase ao par.

    15. A princípio ou em princípio
    A princípio equivale a “no início”.
    Exemplo: Achamos, a princípio, que ele estava falando a verdade.
    Em princípio significa “em tese”.
    Exemplo: Em princípio, todo homem é igual perante a lei.

    16. Senão ou se não?
    Senão significa “a não ser”, “caso contrário”.
    Exemplo: “Nada fazia senão reclamar”.
    Se não é usado nas orações subordinadas condicionais.
    Exemplo: Se não chover, poderemos sair.

    17. Onde ou aonde?
    Onde indica lugar em que algo ou alguém está e deve ser utilizado somente para substituir vocábulo que expressa a ideia de lugar.
    Exemplo: Onde coloquei minhas chaves?
    Aonde também indica lugar em que algo ou alguém está, porém quando o verbo que se relacionar com “onde” exigir a preposição “a”, deve-se agregar esta preposição, formando assim o vocábulo “aonde”. Expressa a ideia de destino, movimento.
    Exemplo: Aonde você irá depois do trabalho?

    18. Aceita-se ou aceitam-se?
    Nesse caso, o verbo “aceitar” deve concordar com o sujeito se ele estiver no plural ou no singular.
    Exemplo: “Aceita-se animal de estimação” ou “Aceitam-se animais de estimação”

    19. A fim ou Afim?
    A locução a fim indica ideia de finalidade.
    Exemplo: Nós viemos a fim de discutir o projeto.
    Afim é um adjetivo e significa semelhança.
    Exemplo: Eles têm ideias afins.

    20. Despercebido ou desapercebido?
    Despercebido significa sem atenção.
    Exemplo: As mudanças passaram despercebidas.
    Desapercebido significa desprovido, desprevenido.
    Exemplo: Ele estava totalmente desapercebido de dinheiro.

    21. Viagem ou viajem?
    Viagem é substantivo.
    Exemplo: Fiz uma linda viagem.
    Viajem é a flexão do verbo viajar no Presente do Subjuntivo e no Imperativo:
    Exemplo: Espero que eles viajem amanhã.

    22. Mal ou mau?
    Mal opõe-se a bem.
    Exemplo: O jogador estava mal posicionado
    Mau é o posto de bom.
    Exemplo: Aquele homem é mau.

    23. Perca ou perda?
    Perca é verbo.
    Exemplo: Não perca as esperanças.
    Perda é um substantivo.
    Exemplo: Há muita perda de tempo com banalidades.

    24. Traz ou trás?
    Traz é a conjugação do verbo “trazer” na 3ª pessoa do singular do Presente do Indicativo.
    Exemplo: Ela sempre traz os relatórios para a gerência.
    Trás refere-se a parte posterior.
    Exemplo: Ele olhou para trás e viu o vulto.

    25. Meio-dia e meio ou meio-dia e meia?
    O correto é meio-dia e meia, pois o numeral fracionário concorda em gênero com a palavra hora: meio dia e meia hora.

    26. Obrigado ou Obrigada?
    Homens devem dizer "obrigado".
    Mulheres dizem "obrigada”.

    CONCORDÂNCIA E PEGADINHAS

    27. Para mim fazer ou para eu fazer?
    Lembre-se do que dizia sua professora de português: “Mim não faz nada”.
    Mim é um pronome pessoal oblíquo, por isso não pode vir antes de um verbo exercendo função de sujeito em uma oração.
    Sendo assim, o correto é “para eu fazer”, “para eu falar”, “para eu estudar” e assim por diante.

    28. São uma hora ou é uma hora?
    O verbo deve concordar com as horas.
    Exemplo: É uma hora da tarde.
    Exemplo: São duas horas da tarde, são três horas da tarde e assim por diante.

    29. Anexo
    É preciso atenção para acertar nessa concordância.
    Dizer que algo está em anexo é o mesmo que dizer que algo está anexado, por isso a palavra deve concordar com o substantivo a que ela se refere:
    Exemplo: Anexas seguem as cartas, ou, anexo segue o comprovante, ou ainda, os documentos solicitados estão anexos.
    Em anexo é uma forma invariável, portanto, não vai para o feminino e nem para o plural:
    Exemplo: Em anexo, seguem as cartas. Segue o comprovante em anexo. Os documentos solicitados seguem em anexo.

    30. Em vez de ou ao invés de?
    “Em vez de” é usado como substituição.
    Exemplo: Em vez de elaborarmos um relatório, discutimos o assunto em reunião.
    “Ao invés de” é usado como oposição.
    Exemplo: Subimos, ao invés de descer.

    31. Ao encontro de ou de encontro a?
    “Ao encontro de” dá ideia de harmonia, concordância.
    Exemplo: Os diretores estão satisfeitos, porque a atitude do gestor veio ao encontro do que desejavam.
    “De encontro a” dá ideia de oposição.
    Exemplo: Os ideais do partido não estão indo de encontro a minha ideologia, por isso me afastei.

    32. Através ou por meio?
    Através expressa a ideia de atravessar.
    Exemplo: Ele olhava através da janela.
    Por meio significa “por intermédio”.
    Exemplo: Os senadores sugerem que, por meio de lei complementar, os convênios sejam firmados com os estados. 

    33. Precisa-se ou precisam-se?
    Nesse caso, a partícula “se” tem a função de tornar o sujeito indeterminado, ou seja, o verbo permanece sempre no singular, sem variar para o plural mesmo que o sujeito o faça.
    Exemplo: Precisa-se de estagiários.

    34. Implicar, implicar com ou implicar em?
    No sentido de acarretar, o verbo “implicar” não admite preposição.
    Exemplo: O acidente implicou várias vítimas.
    Já no sentido de ter implicância, a preposição exigida é “com”.
    Exemplo: Ele sempre implicava com os filhos.
    E quando se refere a comprometimento, deve-se usar a preposição em.
    Exemplo: Ela implicou-se nos estudos e passou no concurso.

    35. De mais ou demais?
    Demais significa excessivamente e também pode significar “os outros”.
    Exemplo: Você trabalha demais.
    De mais opõe-se a “de menos”.
    Exemplo: Alguns possuem regalias de mais, outros de menos.

    36. Existe ou existem?
    O verbo existir admite plural, diferentemente do verbo haver, que é impessoal.
    Exemplo: Existem muitos problemas nesta empresa, ou existe apenas um problema nesta empresa.

    37. Tão pouco ou tampouco?
    Tão pouco corresponde a “muito pouco”.
    Exemplo: Trabalhamos muito e ganhamos tão pouco.
    Tampouco corresponde a “também não”, “nem sequer”.
    Exemplo: Não compareceu ao trabalho, tampouco justificou sua ausência.

    38. A nível de ou em nível de?
    A expressão “em nível de” deve ser usada quando se refere a “âmbito”.
    Exemplo: A pesquisa será realizada em nível de direção.
    Já o uso de “a nível de” significa “à mesma altura”.
    Exemplo: Estávamos ao nível do mar.

    39. Chego ou chegado?
    Chego é 1ª pessoa do Presente do Indicativo.
    Exemplo: Eu sempre chego cedo.
    Embora alguns verbos tenham dupla forma de particípio, como imprimido/impresso, frito/fritado e acendido/aceso, o único particípio do verbo chegar é chegado.

    40. Meio ou meia?
    No sentido de “um pouco”, a palavra “meio” é invariável.
    Exemplo: Ela estava meio nervosa na reunião.
    Como numeral, meio deve concorda o substantivo.
    Exemplo: Ele comeu meia maçã, ou, ele comeu meio abacate.

    41. Mas ou mais?
    Mas é conjunção adversativa e significa “porém”.
    Exemplo: Gostaria de ter viajado, mas tive um imprevisto.
    Mais é advérbio de intensidade.
    Exemplo: Adicione mais açúcar se quiser.

    42. Descriminar ou discriminar?
    Descriminar significa absolver, inocentar.
    Exemplo: O juiz descriminou o jovem acusado.
    Discriminar significa separar, diferenciar.
    Exemplo: Os produtos estão discriminados na nota fiscal.

    43. Faz ou fazem?
    No sentido de tempo decorrido, o verbo “fazer” é impessoal, ou seja, só é usado no singular.
    Exemplo: Faz dois meses que trabalho nesta empresa.
    Em outros sentidos, faz deve concordar com o sujeito.

    Exemplo: Eles fazem um bom trabalho.